PROFETAS: MAIORES E MENORES
No livro dos Profetas Maiores apresentamos quem eram os profetas. Esses homens eram cheios do Espírito Santo de Deus e possuíam características, como, conhecimentos revelados por Deus, poderes dados por Deus e um estilo de vida simples e de renúncia. Falou-se sobre como, do que e para quem falaram em cada época específica a cada um deles. Esses homens foram escolhidos por Deus para cumprir uma missão: “Conduzir o povo à presença e à vontade de Deus”. Suas mensagens, resumindo, enfatizavam a natureza de Deus, o pecado e o arrependimento, e, a predição e esperança messiânica. Esses Profetas Maiores são uma designação utilizada para identificar primeiro conjunto de quatro (4) dos profetas, são eles: Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel. São chamados de “maiores” por causa do volume do seu conteúdo literário.
Os Profetas Menores totalizam em catorze (14) livros que vão de Lamentações até Malaquias no Antigo Testamento. São assim chamados, pois, abordaram os fatos ocorridos com o povo de Deus, Israel (Reino do Norte) e Judá (Reino do Sul) de forma sucinta ou seja, pelo fato de considerarem pequeno volume literário. Muitos deles foram contemporâneos em algumas profecias proferidas ao mesmo tempo.
Podemos dizer que os Profetas Menores se dividem em três grupos: Profetas de Israel: Jonas, Amós e Oséias; Profetas de Judá: Abdias, Joel, Miquéias, Naum, Habacuc e Sofonias; Os Profetas pós-cativeiros: Ageu, Zacaria e Malaquias.
Profeta Isaías
O profeta Isaias nasceu por volta de 765 a.C. Em 740, ano da morte do rei Ozias, ele recebeu, no templo de Jerusalém, sua vocação profética, a missão de anunciar a ruína de Israel e de Judá como castigo da infidelidade do povo (Is 6,1-13). Exerceu seu ministério durante quarenta anos, dominado pela ameaça crescente que a Síria fazia pesar sobre Israel e Judá.
O livro do profeta Isaías é dividido em três grandes blocos ou livrinhos: 1) capitulo 1-39: Proto- Isaias ou primeiro Isaias: antes do exílio do povo da Babilônia: centro da mensagem é: A) a santidade de Deus (Deus absoluto), principal dado para que a idolatria não se torne objeto de corrupção. B) em meios das grandes turbulências política internacional, Isaías condena a aliança com as grandes potências. Isaias acredita que a Nação será salva, não com a força dos aliados, mas se Israel permanecer fiel a Deus e a seu projeto – justiça= valor supremo. C) fala da chegada do Emanuel (7,14). 2) capítulos 40-45: Dêntero-Isaias ou segundo Isaias: do período do exílio. Escrito por um profeta anônimo, na época do exílio Babilônico. Centro da mensagem-esperança e consolação. Isaias destaca em 42,1-9: é o primeiro “cântico do servo de Javé”. Quem é esse servo? De inicio, provavelmente, uma pessoa; depois essa pessoa foi tomada como figura coletiva, sendo aplicada a todo o povo pobre e fiel. Javé será o condutor dessa nova libertação. 3) capítulos 56-66: Trito-Isaías ou terceiro Isaías: do pós-exílio. São, portanto, uns quinhentos (500) anos de história. A preocupação é estimular a comunidade que retornou do exílio e se reuniu em Jerusalém com os que estavam dispersos. Condena o abuso que se inicia e mostra qual é o verdadeiro jejum (Is 58,1-12), aquilo que abre caminho para novos céus e nova terra.
Isaías viu por três vezes o seu país ser invadido e devastado e Jerusalém ameaçada durante a guerra siro-efraemita. Assistiu a destruição de Damasco e a ruína do reino de Israel, por ele profetizado. Segundo uma antiga tradição, Isaías teria sido serrado ao meio durante uma perseguição de Manasses, filho de Ezequias.
Isaías se preocupava, sobretudo com a corrupção moral que a prosperidade tinha provocado em Judá (Is 1-5). Atacou o rei censurando seu governo quanto á situação social e ética de Judá (Is 3,12-15): a opressão do pobre (3,12-15), o luxo (Is 3,16-24), a injustiça (Is 5,1-7), o roubo da terra (Is 5,8-10).
O julgamento de Javé viria para refinar e purificar (Is 1,21-26) mas seria um julgamento de destruição por meio de guerra (Is 3,25; 4,1), escravidão (Is 3,24) e anarquia (Is 3,1-9).